Antigo líder amado por uns, mal amado por outros, falou e foi claro naquilo que se passou com o emblema que dirigiu durante anos.
Luís Filipe Vieira foi ouvido em Tribunal na terceira sessão do julgamento do processo dos ‘e-mails’. Para o ex-presidente encarnado, a divulgação de emails do clube no Porto Canal em 2017 e 2018 foi uma «estratégia do FC Porto para manchar o nome do Benfica», vincando que a águia foi «altamente lesada na sua imagem».
Vieira falou mesmo num «assalto ao Benfica» e faliu em negócios perdidos. «Estava em negociações com um grupo chinês, que previa que o Benfica recebesse 79 milhões de dólares, em seis anos, esse negócio perdeu-se. Tive também problemas com a Emirates», recordou, falando também em prejuízos a nível pessoal e empresarial por ser «o rosto» do Benfica.
«Quem entrou no sistema do Benfica, entrou no sistema da minha empresa. Ninguém tinha paz em casa, eu tive um princípio de depressão, porque me sentia envergonhado. A minha mulher era confrontada com estes assuntos no cabeleireiro e na padaria», contou.
E disse ainda, a dada altura: «Jurei à minha família que nunca mais quero saber do Benfica.»
Luís Filipe Vieira foi curto em palavras. «Respondi a tudo. O Benfica foi assaltado, não vale a pena dizer mais nada. Só defendi o Benfica, mais nada».