Mais de vinte federações presentes na sessão magna da Confederação do Desporto de Portugal “manifestaram a vontade generalizada de marcar uma posição crítica sobre o rumo que o desporto tem tido no país, enfrentando sérias dificuldades”.
Na Assembleia Geral a proposta do Plano de Atividades e Orçamento da Confederação do Desporto de Portugal para o ano de 2023 foi aprovada.
O organismo ouviu as federações que deixaram a sua opinião sobre o atual estado do desporto.
“O desporto está abandonado e sem rumo” segundo as federações a lembrarem ainda que “pouco depois da tomada de posse, o secretário de Estado da Juventude e do Desporto, João Paulo Correia, teve declarações que não foram bem aceites pelo movimento associativo, nomeadamente que o problema do sistema desportivo é estratégia e não falta de financiamento”.
Essas palavras de João Paulo Correia, ainda de acordo com o que a CDP garante ser a opinião dos seus associados, contrastam com “a postura do Ministro da Cultura na defesa dos interesses do desporto, traduzida num aumento do financiamento”, mas que as federações entendem que “não é feito por quem tutela o setor e o resultado está à vista”.
Com estas conclusões debatidas, o CDP deu a conhecer que ficou “expressa a vontade de delinear uma agenda de ações a desenvolver”, que será definida já no início de 2023.