A dúvida sobre quem vai ser o dono do Manchester United continua em cima da mesa.
O processo está recheado de muitas incertezas, começando desde logo quanto às verdadeiras intenções dos atuais donos. Mas está a avançar. Por estes dias, as duas candidaturas públicas entraram em discussões formais com o clube. E ouviram o presidente da UEFA abrir a porta a uma mudança nos regulamentos que pode facilitar este processo.
As candidaturas do sheik Jassim bin Hamad Al Thani, membro da família real do Qatar, e outra do britânico Jim Ratcliffe, dono do Nice e do Lausanne, levantam questões sobre o potencial conflito em torno da propriedade simultânea de vários clubes. A UEFA tem em vigor regulamentos que pretendem impedir a participação na mesma competição de clubes que partilhem controlo por um acionista maioritário, em nome da integridade das competições. Essa é uma tendência crescente. No último relatório sobre a realidade dos clubes europeus, a UEFA concluiu que o número de clubes que partilham donos aumentou perto de cinco vezes nos últimos dez anos, representando já um total de 180 clubes. No mesmo documento, o organismo admitia que essa tendência «tem o potencial de colocar uma ameaça material à integridade das competições europeias, com risco crescente de vermos dois clubes do mesmo dono ou investidor defrontarem-se em campo».
Mas agora Aleksander Ceferin admite rever a regra.