Javier Tebas, presidente da Liga Espanhola, afirmou em entrevista ao jornal neerlandês ‘De Telegraaf’ que o atual formato da Liga dos Campeões não favorece a competitividade económica no contexto europeu.
Segundo o dirigente, deveriam existir mais campeões nacionais em prova, de ligas menos cotadas no ranking UEFA, e menos representantes dos principais campeonatos, incluindo Espanha na equação.
“Vai haver um novo modelo de Champions em 2024, mas deveria começar-se a trabalhar noutro tipo de modelo, um modelo que apele mais às origens de um torneio europeu de campeões nacionais, com campeões de todos cantos da Europa. Eu represento a La Liga, mas um quarto clube espanhol não é uma melhoria para a Champions”, defendeu Tebas.
“Os clubes que jogam nas competições europeias obtêm tantos bilhetes que existe uma brecha muito grande com o resto dos clubes do próprio país. Eu mesmo estive contra que quatro clubes de Espanha fossem à Champions desde o início, tal como quatro clubes da Premier, Bundesliga e Serie A, à custa das equipas das Ligas mais pequenas”, continuou.
Ciente da capacidade financeira da Liga Inglesa e do fosso que se vai criando entre essa e as restantes competições nacionais a nível europeu, o presidente de La Liga considera que têm que ser encontradas soluções que não passem pela criação da Superliga Europeia, torneio que tem sido tema de destaque nos últimos tempos.
“Há que reconhecer que a Premier League é economicamente a maior competição ao nível mundial. Mas não se combate a Premier League como fazem o Barcelona, Real Madrid e Juventus, montando uma nova Superliga Europeia que arrasa com todas as competições nacionais na Europa”, esclareceu.