O seleção feminina de râguebi está a trilhar as mesmas pisadas da seleção nacional masculina de râguebi, que passou pela saída de jogadores de Portugal para os campeonatos semiprofissionais e profissionais de França e Espanha.
A equipa das lobas na deslocação ao Brasil, São Paulo, para o duplo compromisso de novembro, a 21 e 25, pelas 18h30, com a seleção brasileira, repetem a dose.
O selecionador nacional João Moura chamou pela primeira vez três lusodescentes, Marion Mazer (Les Coyotes), Claire Sanchez (Lons Section Paloise) e Cloé Costa (Stade Bordelais) e convocou cinco jogadoras que trocaram a Divisão de Honra pelo campeonato espanhol e francês: Inês Spínola e Maria Morant (CRAT Corunã), Inês Fernandes, Mariana Marques e Beatriz Oliveira (Valkyries Normandie).
“Estamos abertos a explorar essa possibilidade, no sentido de aumentar o lote de jogadoras que possam integrar a seleção e mostrarem ser uma mais-valia para o grupo”, salientou. “Por outro lado, algumas atletas que começaram connosco foram, entretanto, trabalhar para fora porque seguiram o caminho profissional, mas continuam a jogar râguebi e disponíveis para representar Portugal. Outras foram para França após perceberem ter a capacidade e qualidade para jogar de forma mais regular a um nível mais exigente”, disse.
O Benfica com 5 atletas, líder da Divisão de Honra, domina a lista de 26 eleitas, que tem quatro do campeão nacional Sporting, e inclui nove jogadoras a aturem no estrangeiro, sendo que Sara Moreira está sem clube, uma vez que os ingleses do Worcester Warriors desistiram da Premiership.
Iniciar a preparação para o campeonato da Europa 2024, no qual a exigência será maior, é o objetivo da digressão, diz João Moura, ao antecipar a estreia das lobas no Rugby Europe Championship 2024.
De fora desta digressão ficaram Matilde Goes (Benfica) e Izabel Osório e Adelina Costa, jogadoras que partiram esta temporada para o Stade Français Paris, clube francês da elite 1, divisão principal gaulesa.