Jenni Hermoso voltou a afirmar em tribunal que não consentiu o beijo a Luis Rubiales após a final do Mundial feminino, admitindo ainda que foi alvo de pressão por parte da Federação espanhola.
No Tribunal Nacional, perante o juiz, a futebolista espanhola afirmou que o beijo foi “inesperado e em nenhum momento consentido”.
A jogadora acusou ainda a Federação espanhola de a ter pressionado, assim como à família, tanto na viagem de regresso a Espanha como durante as férias que passou depois em Ibiza, para sair em defesa do antigo presidente do organismo, o que «alterou a sua vida normal, produzindo uma situação de inquietação e tristeza».
A atleta contou que o seu irmão foi abordado por Jorge Vidal, na altura selecionador feminino, que o aconselhou a pensar nas eventuais «consequências pessoais e profissionais» que a futebolista poderia sofrer com a repercussão da polémica.
Albert Luque, diretor da seleção masculina, e Rubén Rivera, responsável pelo marketing tentaram abordar a atleta através de outras pessoas, mas sem sucesso.
Hermoso fez, após esta audiência, um balanço positivo da sessão.
“Correu tudo bem. Tudo está nas mãos da Justiça. Muito obrigado pelo apoio que me deram e por muitos de vocês tratarem as coisas tão bem. Agradeço. Já leva muito tempo. O processo seguirá o seu curso.”, disse a atleta que trocou o Pachuca pelo Tigres no México.