O selecionador português ao cargo da seleção iraniana revelou o ambiente de complicada gestão depois da eliminação no Campeonato do Mundo.
O Irão teve uma participação quase gloriosa no Mundial 2022 porque depois de uma goleada por 6-2 frente à Inglaterra na jornada inaugural triunfaram frente ao País de Gales por 2-0 e chegaram à última ronda a depender apenas de si para a passagem, sucumbindo frente aos Estados Unidos por 1-0 e perdendo a possibilidade do apuramento histórico para os oitavos de final.
No final do encontro, em declarações à radio espanhola Cope, Carlos Queiroz mencionou alguns dos problemas vividos nestas duas semanas de preparação e de participação na prova realizada no Qatar: “Não é fácil conviver com situações de ameaças. Um dia são heróis e no outro dia querem matá-los. O mais importante foi mostrar-lhes o caminho neste Mundial. Temos de mostrar um sorriso e felicidade e não o que está a passar-se fora do futebol. Tudo o que foi feito pelos jogadores merece respeito”.
Convém referir que o Irão vive dias bastante complicado a nível interno num ambiente de tensão cada vez maior perante o regime de Teerão, o qual oprime com violência as contestações ao governo em praça pública.
Os próprios jogadores chegaram a protestar contra a falta de direitos das mulheres no Campeonato do Mundo quando na jornada inaugural frente à Inglaterra se recusaram a cantar o hino, tapando o símbolo nacional nessa mesma cerimónia protocolar.