A UEFA é a “principal responsável” pelos incidentes registados na final da Liga dos Campeões da época passada, entre Liverpool e Real Madrid, segundo uma investigação independente liderada por Tiago Brandão Rodrigues, antigo ministro da Educação de Portugal.
O organismo que rege o futebol europeu, é “como detentor do evento, que comporta responsabilidade primária pelas falhas que quase levaram a um desastre”.
A Federação Francesa de Futebol e as autoridades policiais de Paris também contam com alguma cota da responsabilidade pelos problemas de segurança que se registaram nas imediações do Stade de France, antes da partida ganha pelo Real Madrid.
A tentativa de associação dos adeptos do Liverpool a hooligans, adeptos violentos, é “inexplicável”, segundo este mesmo documento.
A má gestão do volume de pessoas a chegar pelas várias entradas do recinto, defeitos nos acessos, grupos de locais que atacaram adeptos, tentando provocar confrontos, o mau policiamento e a falta de planos de contingência são algumas das notas “negativas” identificadas pelo comité.
A polícia está também acusada de ter tido uma abordagem “demasiado securitizada” e ao uso excessivo de gás lacrimogéneo e outro material dispersor.