Os europeus de leste acusaram gravemente a entidade que rege o futebol mundial.
Na sequência da invasão russa à Ucrânia há sensivelmente um ano, a FIFA deu autorização a jogadores e treinadores internacionais para que rescindam contrato com os clubes locais.
Agora, o Shakhtar Donetsk, campeão ucraniano, veio reclamar dessa medida, alegando que viola as regras da concorrência da União Europeia, e acusando até o organismo de influenciar a decisão do Tribunal Arbitral do Desporto.
Em comunicado, o CEO do clube, Serhii Palkin, considerou a decisão exagerada: “O diferendo do Shakhtar com a FIFA está centrado nas ações do órgão regulador do futebol mundial em 2022, que levaram à suspensão automática dos contratos internacionais de jogadores e treinadores do clube após a invasão ilegal e agressiva das forças armadas da Rússia na Ucrânia. Muitos jogadores internacionais deixaram depois o clube de forma livre. As medidas exageradas aplicadas pela FIFA conduziram a uma perda massiva das receitas com transferências de jogadores e a uma diminuição das receitas essenciais do clube num valor a rondar os 40 milhões de euros.”
Os ucranianos esperam agora, segundo dizem, pela Comissão Europeia, com a esperança de que compreendam e considerem os danos que a FIFA causou ao clube, deixando um apelo à comunidade internacional para criar um sistema de justiça desportiva mais justo.