Os Philadelpia Eagles dominaram no domingo o 59.º Super Bowl, impedindo de forma categórica, com um triunfo por 40-22, que os Kansas City Chiefs se sagrassem pela terceira vez consecutiva campeões dos Estados Unidos de futebol americano.
Em New Orleans, Luisiana, os comandados de Nick Sirianni contrariaram o favoritismo dos bicampeões em título, que perseguiam um inédito ‘tri’, resolvendo praticamente o jogo numa primeira parte implacável, que terminaram a vencer por 24-0.
Com tal vantagem, e com Patrick Mahomes do outro lado a viver um dos piores jogos da carreira, os Eagles, liderados pelo MVP Jalen Hurts, acabaram em definitivo com o encontro no terceiro período, quando chegaram a 34-0, garantindo desde logo a vingança do desaire de há dois anos, por 38-35.
Os Chiefs ainda reduziram para 34-6 antes do quarto período, mas Xavier Worthy nem festejou o seu touchdown, seguindo-se uns últimos 15 minutos sem história, que Jake Elliott aproveitou para converter mais dois pontapés, aos quais o conjunto de Andy Reid respondeu com dois touchdowns irrelevantes.
Ao acertar 17 de 22 passes, para 221 jardas, somar um touchdown de corrida e dois de passe, o quarterback Hurts liderou os Eagles, equipa em que, ainda mais do que o ataque, foi determinante a defesa, no seu todo, a parar constantemente o ataque dos Chiefs, que só marcaram pontos depois de terem o jogo perdido.
Os dois primeiros ataques não resultaram em pontos, mas, ao segundo, os Eagles, mesmo sem grandes corridas de Saquon Barkley pelo meio, adiantaram-se no marcador, através de um touchdown do quarterback Jalen Hurts, com ponto extra de Jake Elliott (7-0).
Se o ataque funcionou, a defesa continuou a ‘secar’ Mahomes, que depois de só ter conseguido um primeiro ‘down’ no ataque inicial, nem um logrou no segundo.
O primeiro período fechou com 7-0, mas com os Eagles a ameaçarem mais pontos, que só não conseguiram porque um passe de Hurts foi intercetado por Bryan Cook, num turnover que os Chiefs voltaram a não aproveitar, voltando a nem avançar 10 jardas.
Em boa posição, o conjunto de Filadélfia voltou a marcar no ataque seguinte, desta vez através de um pontapé de Jake Elliott, que passou o resultado para 10-0.
A resposta dos Chiefs foi desastrosa, já que, no ataque seguinte, Mahomes foi duas vezes deitado ao chão, sendo que, depois dos dois sacks, seguiu-se um passe intercetado pelo aniversariante Cooper DeJean, para um touchdown de 38 jardas, seguido de novo ponto extra de Elliott.
Com 17-0, os bicampeões em título estavam obrigados a reagir, mas voltaram a não conseguir qualquer primeiro down no ataque seguinte e, depois de pararem o ataque dos Eagles, Mahomes voltou a falhar, com nova interceção, selada por Zack Baun.
Muito perto da end zone, o conjunto de Filadélfia não perdoou e A.J. Brown, após passe de Hurts, marcou mais um touchdown, colocando o resultado em 23-0.
Elliott não falhou o ponto extra e o intervalo chegou com 24-0, até porque os Chiefs voltaram a não conseguir avançar no último ataque: chegaram a meio com um primeiro down, contra 13, e um total de 23 jardas, contra 177.
Depois do ‘halftime show’, os Chiefs tiveram o primeiro ataque da segunda parte e percebeu-se logo que tudo se mantinha igual à primeira metade.
Muito por cima, os Eagles aumentaram sem surpresa a vantagem para impensáveis 34-0, com mais um pontapé de Jake Elliott e um touchdown de DeVonta Smith, na sequência de um espetacular passe de 46 jardas de Hurts. Elliott somou o ponto extra.
Nos instantes finais do terceiro período, e com a defesa dos Eagles mais relaxada, os Chiefs conseguiram, finalmente, marcar os primeiros pontos, num touchdown de Xavier Worthy, na sequência de um passe de 50 jardas de Mahomes.
O quarto período, para cumprir calendário, teve mais dois pontapés de Elliott, que passou o resultado para 40-6, maquilhado na fase final pelo conjunto de Kansas City, com dois touchdowns, de DeAndre Hopkins e Xavier Worthy, ambos seguidos de conversões de dois pontos, apenas para a estatística.
A festa há muitos estava a ser feita pelos Philadelphia Eagles, que repetiram o triunfo de 2018, então face aos New England Patriots (41-33).
O grande evento desportivo – um dos maiores do mundo –, teve lugar em New Orleans, Louisiana, e contou com a presença de muitas celebridades de Hollywood, músicos, futebolistas, Donald Trump, presidente dos Estados Unidos da América, e não só. Antes do início da partida, o ator Jon Hamm apresentou os Chiefs, enquanto Bradley Cooper trouxe a animação para o lado dos Eagles.
Taylor Swift, namorada de Travis Kelce, jogador dos Chiefs, esteve presente nas bancadas. A cantora acompanha Travis Kelce e é presença assídua em quase todos os jogos dos Chiefs.
Messi, Suárez, Jordi Alba e Sergio Busquets, quarteto do Inter Miami, não perderam a oportunidade e marcaram presença no Super Bowl, tal como Koke e Antoine Griezmann, jogadores do Atlético Madrid, que deslocaram-se aos Estados Unidos, depois do empate com o Real Madrid para a LaLiga.
Paul McCartney, um dos maiores artistas da história, também disse presente. O ex-Beatles atuou no espetáculo ao intervalo do Super Bowl, em 2005, já Bradley Cooper apresentou-se com um casaco dos Eagles, de quem é adepto fanático. Os atores Pete Davidson e Kevin Costner também foram fotografados, assim como o ex-atleta Tom Brady.
Jay-Z, rapper e produtor, esteve no relvado antes do arranque do encontro, na companhia das filhas Blue Ivy, de 13 anos, e Rumi, de sete.
O cantor Jon Batiste cantou o hino nacional dos Estados Unidos, enquanto Kendrick Lamar foi o artista principal no show do intervalo, o ator Samuel L. Jackson também participou no Halftime Show, disfarçado de Uncle Sam. Ao todo, foram 10 músicas em cerca de 13 minutos, incluindo ‘Not like us’, no centro de uma batalha de rap com outro rapper, Drake. E por último Serena Williams, uma das melhores desportistas de todos os tempos e ex-namorada de Drake, surpreendeu ao dançar no relvado no habitual Halftime Show.