José Mourinho foi protagonista de mais um episódio curioso após a vitória da Roma sobre o Feyenoord que permitiu aos italianos avançar para as meias finais da Liga Europa. Desta feita, o “visado” foi um jornalista neerlandês com quem o técnico já tinha trocado algumas palavras após a partida da primeira mão.
Na altura, o ‘Special One’ havia sido questionado sobre a falta de eficácia da sua equipa no primeiro duelo com a equipa de Roterdão, quando o resultado ditou uma derrota de 1-0 para os romanos. Mourinho respondeu dizendo que “no futebol não são as oportunidades que importam, mas sim os golos que se marcam”, provocando uma reação bem disposta do referido jornalista.
“Como em Tirana, têm de ser eficazes. Concordamos um com o outro”, disse o neerlandês, fazendo referência à final da Liga Conferência da temporada passada, quando a Roma bateu o Feyenoord também por 1-0.
“Hoje concorda, mas andou a chorar nos últimos dez meses”, contestou Mourinho enquanto ria. “Não devia chorar. Sabe porquê? Porque não pode ganhar um jogo que perdeu. E o único problema de hoje, é que o jogo não terminou. Está no intervalo”, completou o luso.
Agora, na conferência de imprensa após a partida da segunda mão, o técnico não esqueceu a interação da semana anterior e dirigiu-se ao jornalista para lhe entregar uma lembrança. Agradecendo os parabéns que lhe foram entregues pelo neerlandês, o comandante dos italianos entregou um porta-chaves com o troféu da Liga Conferência, perguntando em tom irónico: “É bonito, não é?”.
Alinhando na brincadeira, o repórter referiu que iria dar o presente ao treinador do Feyenoord, perguntando mais tarde qual tinha sido a chave da vitória deste segundo jogo.
“Eficácia. É uma palavra que você adora”, atirou Mourinho, aproveitando a oportunidade para lançar mais uma provocação: “Então agora vai chorar mais um ano porque temos um bom banco?”, referindo-se ao facto de Paulo Dybala e Tammy Abraham, dois jogadores que não estiveram no 11 inicial, terem sido decisivos para o desfecho do resultado.
Ainda assim, e de forma mais séria, o luso reconheceu o mérito do adversário: “Parabéns ao Feyenoord também, honestamente. Boa equipa, bons jogadores, bom treinador, vão ser campeões e deram-nos uma boa luta. Vou só dar um conselho que vem dos meus cabelos brancos: quando perderem um jogo, não chorem. Pensem no próximo jogo”, rematou.