A LCR Honda fechou a temporada de apresentações da MotoGP 2025. Neste sábado, dia 8, a equipa de Lucio Cecchinello exibiu as RC213V com que Johann Zarco e Somkiat Chantra vão disputar o campeonato deste ano. Como acontece já há algum tempo, a escuderia cuja sede se situa no Mónaco mostrou dois layouts distintos, reflexo dos diferentes patrocinadores.
Para este ano, a LCR perde uma dose considerável de experiência. Takaaki Nakagami, que passou sete anos com a equipa, aposentou-se e assumiu o posto de piloto de desenvolvimento da HRC. Para o lugar dele, veio Chantra, que chega à MotoGP muito mais pela força do passaporte do que propriamente por qualquer dose de talento que demonstrou nas classes de base.
Originalmente, a vaga na LCR era o destino mais provável de Ai Ogura, que fez toda a carreira ligado à Honda. Mas, surpreendentemente, optou por assinar com a Trackhouse Aprilia e deixou a equipa de Cecchinello a ver navios. Sem um piloto do Japão em condições de dar o salto para a classe rainha, a posição passou a ser destinada a um piloto asiático. E foi aí que Chantra acabou por ser selecionado.
Nascido em Chon Buri, na costa leste do Golfo da Tailândia, Chantra traz no currículo duas vitórias em seis temporadas de Moto2, além de um total de seis pódios e duas poles. Em termos de campeonato, o melhor resultado veio em 2023, quando fechou o Mundial de Pilotos no sexto posto.
Fosse apenas pelos resultados, Chantra possivelmente não teria garantido o salto, mas o peso do passaporte inegavelmente conta para a vaga da LCR, que tem como patrocinador principal de metade da equipa a japonesa Idemitsu. Além disso, o sudeste asiático é um mercado potente para a MotoGP, já que países como Indonésia e Tailândia estão entre os maiores consumidores de motas do mundo.
Do outro lado da garagem, a LCR conta com Zarco, que já passou por marcas como Yamaha, KTM e Ducati e que, ano passado, foi o melhor entre os pilotos da Honda. Mesmo a meio de uma crise de performance da RC213V, o francês conseguiu dar alguns breves momentos de alegria em 2024.
Assim, a LCR tem um duo desequilibrado em talento e experiência, mas também em carisma, já que o grande trunfo de Chantra e o sorriso aberto e a performance desinibida que mostra sempre que tem uma câmara apontada na sua direção.
A MotoGP volta às pistas entre os dias 12 e 13 de fevereiro para o segundo teste da pré-temporada, na Tailândia.
Confira aqui as duas motas da LCR Honda:

