Serhou Guirassy, avançado guineense ao serviço do Borussia Dortmund, protagonizou uma noite memorável no Signal Iduna Park, ao apontar um hat-trick diante do Barcelona (3-1), em partida a contar para os quartos de final da Liga dos Campeões. Apesar da exibição de gala, os três golos do camisola 9 não foram suficientes para levar os alemães às meias-finais da competição.
Com este desempenho, Guirassy estabeleceu três novos recordes na prova, começando por tornar-se no primeiro jogador africano a marcar 11 golos numa única edição da Liga dos Campeões, superando o registo anterior de Mohamed Salah (Egito) e Sadio Mané (Senegal), que tinham apontado 10 tentos cada um na campanha de 2017/18 pelo Liverpool.
O internacional guineense inscreveu também o seu nome na história do clube germânico ao tornar-se apenas o quarto jogador do Dortmund a conseguir um hat-trick na Liga dos Campeões. Antes dele, apenas Robert Lewandowski (contra o Real Madrid em 2013), Pierre-Emerick Aubameyang (frente ao Benfica em 2017) e Karim Adeyemi (diante do Celtic em 2024) haviam conseguido tal feito.
Mais ainda, Guirassy passou a integrar um restrito lote de nove futebolistas africanos que marcaram dois ou mais golos num só jogo da principal competição europeia de clubes. A lista, que reflete a excelência do continente africano no futebol de alto nível, inclui nomes como Yakubu Ayegbeni, Samuel Eto’o, Didier Drogba, Mohamed Salah, Yacine Brahimi, Pierre-Emerick Aubameyang, Sadio Mané e Sébastien Haller.
Apesar da eliminação da equipa da Bundesliga, Guirassy valorizou a prestação individual e destacou os aspetos positivos do encontro. “É um orgulho fazer parte da história da Liga dos Campeões. Claro que a eliminação custa, mas há lições importantes que levamos daqui”, afirmou no final do encontro.
Com 29 anos, o antigo avançado do Estugarda confirma-se como uma das figuras da temporada europeia e reforça a sua posição entre os melhores marcadores africanos de sempre na competição.
