Muitos adeptos do FC Porto deixaram muitas críticas em relação à atuação da unidade especial de polícia da PSP, isto na final da Taça de Portugal no Jamor.
A reação da Associação Portuguesa de Defesa do Adepto não se fez esperar e num comunicado publicado, a APDA acusa a polícia de ter tido um comportamento «desproporcional e excessivo», referindo-se à violência física exercida pela PSP e à utilização de balas de borracha e de gás pimenta.
“No jogo da final da Taça de Portugal, assistimos a excessos policiais que deixaram um rastro de feridos nas bancadas e fora delas. Balas de borracha atingiram adeptos em várias partes do corpo, incluindo num olho, bastonadas indiscriminadas, utilização de gás aleatoriamente e, no final, até crianças precisaram de assistência médica. O cenário de violência foi chocante e inaceitável, especialmente quando se esperava que a polícia mantivesse a ordem e protegesse os cidadãos. Sim, é verdade que alguns adeptos exibiram comportamentos inadequados, mas a resposta da PSP foi desproporcional e excessiva. A revolta contra as autoridades cresce a cada episódio de violência. Cada vez menos adeptos se sentem seguros ou próximos da polícia, que deveria estar ali para garantir a segurança de todos.”
A APDA quer uma resposta das autoridades governamentais acerca daquele que considera ter sido “um dia negro para os adeptos”.
“O que se espera agora é uma resposta firme e transparente das autoridades. É fundamental que haja uma investigação imparcial sobre os incidentes, que os responsáveis pelos excessos sejam identificados e que se tomem medidas concretas para evitar que tais abusos se repitam – ou vamos ter adeptos interditos pelas tochas e agentes da autoridade agressores impunes? A confiança entre os cidadãos e as forças de segurança precisa ser restaurada, e isso só será possível com justiça e transparência.”